terça-feira, 8 de junho de 2010

Mais uma no Oriente Médio

Podem ser feitas várias considerações a respeito da recente confusão que resultou em mortes envolvendo Israel e os demais paises envolvidos na questão palestina.

Deixando de lado a patriotada ou a opinião de torcedor, o que resta a ser considerado, pelo que saiu na mídia nos ultimos dias?

1- A frotilha de ajuda humanitária tinha por objetivo prestar a tal ajuda humanitária? - Não é bem assim; porque o objetivo era quebrar o bloqueio. E quebrar o bloqueio no que concerne ao bloqueio israelense. Explico: O Egito também participa do bloqueio por terra e ninguem até hoje peitou o Egito ou reclamou do mesmo ou tentou furar esse bloqueio. A preocupação com o bloqueio se dá tão somente com a parte controlada por Israel. Logo, a questão não é o bloqueio, até porque, o Hamas que controla o pedaço da palestina recebe milhões de dolares em ajuda de outros paises. A questão é afrontar Israel, que não deveria sob a ótica de alguns estar alí. Ademais, Israel ofereceu que a frotilha aportasse em território israelense para fiscalização da carga e seguiria por terra alguns poucos quilómetros. Se o objetivo era entregar ajuda humanitária, porque não aceitar a proposta? Porque o objetivo principal era furar o bloqueio e no limite ter vítimas para ostentar contra Israel.

2- Quem não tem competência não se estabelece, já dizia o antigo ditado. Como é possivel que uma nação com o grau de inteligência que possui, demonstrada em ações como o sequestro de Eichman da Argentina e a libertação do passageiros sequestrados em Uganda; tenha caido na armadilha de invadir o navio e ao serem agredidos responderem com armas de fogo? Porque, prevendo que poderia haver alguma reação não usaram armas não letais como sei lá eu, balas de borracha, gás de pimenta, bombas de efeito moral, redes? Qualquer grupo de policiais em qualquer parte do mundo faz isso; porque o experiente exército israelense não pensou nisso?

3- Se Israel amanhã se tornasse uma país neutro como a suiça sem exercitos como o vaticano, no dia seguinte seria varrido. A história ensina que esse desfecho é o mais provável. Por essa razão é uma nação armada ao extremo e que aprendeu pela experiência do passado a atirar ao primeiro rosnado. A solução do Oriente Médio passa por negociar a paz possivel e não a sonhada. E ela passa pelos atores envolvidos direta e indiretamente a reconhecer o estado de Israel e esse reconhecer o estado palestino. Questões mais sérias como o status de Jerusalem deveriam ser deixadas para a frente, embora a solução mais prosaica talvez fosse tornar Jerusalem por conta da questão religiosa, cidade aberta, administrada pela ONU

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